Escrevo para expor meus sentimentos mais íntimos, aqueles impossíveis de serem explicados por palavras faladas, sentimentos que escondo debaixo de uma armadura dura e fria. Escrevo para espantar meus fantasmas, aqueles que me assombram durante a madrugada escura e vazia. Escrevo com tamanha intensidade que acabo colocando nelas, todo o peso dos meus sentimentos.
Coloco em minhas palavras, dores pesadas demais para que alguém possa se identificar e alguma felicidade, que apesar de curta, com força suficiente para tocar alguém. E no final, acabo me surpreendo quando as pessoas me dizem que se identificaram com aqueles escritos mais sombrios.
Confesso que às vezes faltam-me palavras, faltam-me idéias, mas não significa que eu não sinta mais. É que o sentimento fica tão intenso, tão forte, que chega a ser impossível traduzi-lo em palavras. Há sentimentos que só podem ser entendidos e percebidos, através do meu silêncio, das minhas atitudes e meu olhar. Olhar que poucos conseguiram decifrar, em toda minha existência.
Não me lembro quando comecei a escrever. Talvez quando comecei a sentir e esconder, por não ter alguém para ouvir, ou até mesmo por vergonha de expor tal sentimento. Sendo de felicidade ou tristeza, tanto faz. O importante é que, enquanto houver sentimentos dentro do meu coração, as palavras jamais se calarão.
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