
Sinto saudade do 'nós' que existiu um dia, da cumplicidade que existia, do quanto éramos completos, olhares tão apaixonados, que qualquer casal de conto de fadas sentiria inveja se os vissem. É claro que essa cumplicidade veio de outras vidas, outros tempos e que, por algum motivo, não pode ser finalizado nesta vida.
Ainda lembro do brilho daqueles olhos claros e hipnotizantes, daquele sorriso aberto que se destacava entre uma multidão de outros sorrisos. Fecho os olhos e sou capaz de sentir seu toque suave, seu hálito fresco e seus batimentos acelerando à cada aproximação. Procuro sempre desviar meus pensamentos de você, mas se descuido um pouco, lá estou eu, na varanda da sua casa, enrolada em teus braços debaixo de uma Lua que brilha forte no alto do céu.
Explica-me por que ao cair da tarde, sento-me à porta da minha casa como quem espera por alguém? Explica-me por que rolo por toda a cama tentando preencher o espaço que um dia pertenceu à você?
Não consigo entender, são tantos por quês sem resposta.
Não sei se você lê o que escrevo, mas enquanto escrevo, junto, vou tecendo todo o sentimento que ainda existe aqui dentro, na intenção de que o vento leve até você as vibrações do meu amor por ti.
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